"Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa" (Ricardo Reis)

En 1928, un 7 de junio, Ricardo Reis escribió dos pequeños poemas, uno que traduje hace un año en este mismo espacio "Tarda o verão..." y este que presento a continuación:

 

Ricardo Reis (07-06-1928)

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Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa

Todo cuanto cesa es muerte, y la muerte es nuestra si cesa para nosotros. Aquel arbusto     fenece, y se va con él     parte de mi vida. En todo cuanto miré permanecí en parte. Con todo cuanto vi, si pasa, paso.     No distingue la memoria     lo que vi de lo que fui.	Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa Se é para nós que cessa. Aquele arbusto     Fenece, e vai com ele     Parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Com tudo quanto vi, se passa, passo,     Nem distingue a memória     Do que vi do que fui.
	7-6-1928 Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994). - 114.